quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

O NATAL E DARFUR



O Natal ultrapassou a sua origem de festa cristã, para expandir-se também como celebração da paz, da caridade e de a solidariedade entre pessoas de diferentes credos. Esses valores sofridamente moldados por séculos de civilização se fazem tão mais necessários, evidentimente, onde há conflito, ódio e indiferença. É o caso eloquente de Darfur, região do Sudão, o maior país da África, assolada por uma bárbara guerra civil iniciada em 2003, que até agora matou 300 000 pessoas e deslocou 2,7 milhões de individuos para campos de refugiados.O que está ocorrendo lá é um genocídio silencioso, cujas tintas estão longe de comover e mobilizar o mundo civilizado como deveria.Felizmente, porém há abnegados que mantêm vivos, dia após dia, nos mais remotos cantos do planeta, os valores celebrados no Natal. Em Darfur, eles integram a frágil missão de paz da Organização das Nações Unidas e as dezenas de entidades humanitárias encarregadas de proporcionar um mínimo de dignidade às vítimas do conflito.

Revista Veja

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